Senhor morador,
Gostariamos de informar que o contrato de aluguel que acordamos há bilhões de anos atrás está vencendo.
Precisamos renová-lo, porém temos que acertar alguns pontos fundamentais:
1.Você precisa pagar a conta de energia. Está muita alta! Como você gasta tanto?
2. Antes eu fornecia água em abundância, hoje não disponho mais desta quantidade. Precisamos negociar o uso.
3. Por que alguns na casa comem o suficiente e outros estão morrendo de fome, se o quintal é tão grande? Se cuidar da terra vai ter alimento para todos!
4. Você cortou as árvores que dão sombra, ar e equilibrio. O sol está quente e o calor aumentou. Você precisa replantar novamente!
5. Todos os bichos e as plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados. Procurei alguns animais e não os encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam...
6. Precisam verificar que cores estranhas estão no céu! Não vejo azul!
7. Por falar em lixo, que sujeira hein??? Encontrei objetos estranhos pelo caminho! Isopor, pneus, plásticos...
8. Não vi os peixes que moram nos rios e lagos. Vocês pescaram todos? Onde estão?
Bom, é hora de conversarmos. Preciso saber se você ainda quer morar aqui. Caso afirmativo, o que você pode fazer para cumprir o contrato?
Gostaria de ter você sempre comigo, mas tudo tem limite.
Você pode mudar?
Aguardo resposta e atitudes.
SUA CASA - A TERRA
(anônimo)
2010 é o ano internacional da biodiversidade, se cada um fizer sua parte e começar a repensar sua atitude talvez possamos continuar usufruindo das maravilhas deste lindo planeta.
Biologia na nossa vida
A biologia faz parte do nosso dia a dia, então nada melhor que aprendermos mais, é fácil e gostoso.
Preparado?
Preparado?
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Níveis de organização da vida
O organismo é reunido em células que formam tecidos que se abrigam em órgãos que juntos formam os sistemas. A ecologia estuda as relações que vão além do organismo: populações, comunidades e ecossistemas.
-Populações: vários individuos da mesma espécie que vivem em uma mesma área e relacionam entre si.
-Comunidade: várias populações que habitam a mesma área.
-Ecossistema: várias comunidades que interagem; O ambiente físico está dividido em fatores abióticos (ar, luz, temperatura, tipo de solo etc) e fatores bióticos (seres vivos).
-Biosfera: conjunto de ecossitemas.
Cadeias e teias alimentares:
Há uma constante passagem de matéria e de energia pelos seres vivos de uma comunidade.
* Cadeia alimentar:
Na cadeia alimentar os organismos autotrófos produzem substâncias orgânicas pela fotossíntese, são chamados produtores. Os organismos que se alimentam dos produtores são os consumidores primários, estes servem de alimento para os consumidores secundários, estes são comidos pelos consumidores terciários e assim por diante.
Cada etapa da cadeia é chamada nível trófico. A matéria orgânica depositada no solo ou na água, como folhas, galhos, fezes, cadáveres são decompostos e assim os nutrientes ali presentes são devolvidos à natureza. Esta reciclagem é feita por bactérias e fungos, são os decompositores, o último nível trófico da cadeia. exemplo:
gramineas-herbivoro-carnívoro-decompositor
algas-protozoários-peixes-peixes-peixes-decompositores
produtor-consumidor1º-consumidor2º-consumidor3º-consumidor4º-decompositor
*Teia alimentar:
Como muitos animais possuem uma alimentação variada, alguns servem de alimento para mais de uma espécie.
Os animais onívoros, se alimentam de vegetais e animais, sendo assim, não se prendem a apenas um nível trófico.
Numa comunidade há um conjunto de cadeias interligadas. Exemplo:
*Fluxo de energia e de matéria:
A fotossíntese produz compostos orgânicos pela energia luminosa do sol, estes compostos são usados para as atividades celulares, parte sai na forma de calor e outra parte é armazenada.
Um organismo ao se alimentar da planta utiliza a energia armazenada por ela. Esta energia será usada para as atividades celulares, parte sai na forma de calor e parte é armazenada.
Em média, apenas 10% da energia de um nível trófico passa para outro, por isso uma cadeia alimentar tem no máximo cinco níveis tróficos.
Os resíduos voltam para a cadeia graças aos decompositores que reciclam os nutrientes.
.Pirâmides ecológicas:
-número: corresponde ao número de individuos de cada nível trófico numa determinada cadeia. Por exemplo, os predadores normalmente são maiores que as presas, mas em termos de quantidade existem mais presas que predadores. Mas esta situação pode se inverter, como no caso de parasitos que podem ser vários em um único individuo. Exemplo:
5000 pés de capim-700 gafanhotos-50 pássaros
Duas árvores-1000 insetos- 10 pássaros
.Biomassa: quantidade de matéria orgânica presente no corpo dos seres vivos de determinado nível trófico. A biomassa é expressa em peso seco. Exemplo: alfafa (8T) - bezerros (1T) - adolescente
.Energia: quantidade de energia em cada nível trófico. Nunca fica invertida. Exemplo:
produtores - consumidores primários - consumidores secundários
.Magnificação trófica: produtos não-biodegradáveis se acumulam no corpo dos seres vivos e vão passando pelos níveis tróficos. Exemplo: mercúrio é absorvido por algas, estas servem de alimento para os peixes e estes podem servir de alimento para o homem.
-Populações: vários individuos da mesma espécie que vivem em uma mesma área e relacionam entre si.
-Comunidade: várias populações que habitam a mesma área.
-Ecossistema: várias comunidades que interagem; O ambiente físico está dividido em fatores abióticos (ar, luz, temperatura, tipo de solo etc) e fatores bióticos (seres vivos).
-Biosfera: conjunto de ecossitemas.
Cadeias e teias alimentares:
Há uma constante passagem de matéria e de energia pelos seres vivos de uma comunidade.
* Cadeia alimentar:
Na cadeia alimentar os organismos autotrófos produzem substâncias orgânicas pela fotossíntese, são chamados produtores. Os organismos que se alimentam dos produtores são os consumidores primários, estes servem de alimento para os consumidores secundários, estes são comidos pelos consumidores terciários e assim por diante.
Cada etapa da cadeia é chamada nível trófico. A matéria orgânica depositada no solo ou na água, como folhas, galhos, fezes, cadáveres são decompostos e assim os nutrientes ali presentes são devolvidos à natureza. Esta reciclagem é feita por bactérias e fungos, são os decompositores, o último nível trófico da cadeia. exemplo:
gramineas-herbivoro-carnívoro-decompositor
algas-protozoários-peixes-peixes-peixes-decompositores
produtor-consumidor1º-consumidor2º-consumidor3º-consumidor4º-decompositor
*Teia alimentar:
Como muitos animais possuem uma alimentação variada, alguns servem de alimento para mais de uma espécie.
Os animais onívoros, se alimentam de vegetais e animais, sendo assim, não se prendem a apenas um nível trófico.
Numa comunidade há um conjunto de cadeias interligadas. Exemplo:
*Fluxo de energia e de matéria:
A fotossíntese produz compostos orgânicos pela energia luminosa do sol, estes compostos são usados para as atividades celulares, parte sai na forma de calor e outra parte é armazenada.
Um organismo ao se alimentar da planta utiliza a energia armazenada por ela. Esta energia será usada para as atividades celulares, parte sai na forma de calor e parte é armazenada.
Em média, apenas 10% da energia de um nível trófico passa para outro, por isso uma cadeia alimentar tem no máximo cinco níveis tróficos.
Os resíduos voltam para a cadeia graças aos decompositores que reciclam os nutrientes.
.Pirâmides ecológicas:
-número: corresponde ao número de individuos de cada nível trófico numa determinada cadeia. Por exemplo, os predadores normalmente são maiores que as presas, mas em termos de quantidade existem mais presas que predadores. Mas esta situação pode se inverter, como no caso de parasitos que podem ser vários em um único individuo. Exemplo:
5000 pés de capim-700 gafanhotos-50 pássaros
Duas árvores-1000 insetos- 10 pássaros
.Biomassa: quantidade de matéria orgânica presente no corpo dos seres vivos de determinado nível trófico. A biomassa é expressa em peso seco. Exemplo: alfafa (8T) - bezerros (1T) - adolescente
.Energia: quantidade de energia em cada nível trófico. Nunca fica invertida. Exemplo:
produtores - consumidores primários - consumidores secundários
.Magnificação trófica: produtos não-biodegradáveis se acumulam no corpo dos seres vivos e vão passando pelos níveis tróficos. Exemplo: mercúrio é absorvido por algas, estas servem de alimento para os peixes e estes podem servir de alimento para o homem.
Sistema respiratório
O ar ao penetrar pelo nariz percorre o seguinte caminho: faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares, onde ocorre as trocas gasosas.
-Vias respiratórias:
Percebe odores, umidece, aquece e filtra o ar, o revestimento é formado por pêlos, cílios e muco que impedem a entrada de impurezas.
Na laringe estão as pregas vocais ou cordas vocais, responsáveis pelo som. A traquéi se ramifica formando os brônquios e estes se ramificam formando os bronquíolos.
-Pulmões:
Ocupam quase toda a caixa torácica, os pulmões são revestidos externamente por uma membrana dupla (pleura).
Nos alvéolos ocorre a hematose (troca de gases respiratórios, ou seja, sangue rico gás carbônico por sangue rico em gás oxigênio).
O ar entra e sai dos pulmões graças à contração e relaxamento do diafragma (músculo que separa caixa torácica da cavidade abdominal).
- Transporte de gases:
A hemoglobina, pigmento encontrado nas hemácias, se liga a quato moléculas de gás oxigênio, levando-o até os tecidos.
Nos alvéolos a concentração de oxigênio é superior àquela nos capilares sanguíneos, assim o gás oxigênio passa para o sangue e se liga à hemoglobina.
Nos tecidos a concentração de oxigênio no interior das células é baixa, assim o gás oxigênio passa do sangue para as células.
O gás carbônico tem grande concentração no interior da célula, passando para o sangue. O transporte de gás carbônico, ocorre parte ligado na hemoglobina, parte dissolvido no plasma e a maior parte em forma de íons bicarbonato.
No pulmão o gás carbônico passa do sangue para o alvéolo.
-Fumo:
Destrói os alvéolos (enfizema);
Parte da hemoglobina fica inativa, pois o monóxido de carbono do cigarro se liga a ela;
O alcatrão tem substâncias cancerígenas;
Na gravidez o fumo diminui o suprimento de oxigênio para o feto;
A fumaça do cigarro prejudica a saúde daqueles que não fumam.
domingo, 29 de agosto de 2010
AS BASES DA HERANÇA E EVOLUÇÃO
Com a redescoberta dos estudos de Mendel, os adeptos da genética mendeliana acreditavam que a única forma de ocorrer a evolução seria através de mutação, descartando a seleção natural neste processo.
A teoria sintética da evolução concilia as idéias de Darwin e de Mendel.
Uma população apresenta determinado conjunto gênico, que pode ser alterado de acordo com fatores evolutivos. Quanto maior for o conjunto gênico de uma população maior será a variabilidade genética. Os principais fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser:
- fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação e permutação.
- fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: migração, deriva genética e seleção natural.
A mutação pode ser cromossômica ou gênica. As cromossômicas podem ser de alterações no número ou na forma dos cromossomos. As mudanças gênicas originam-se de alterações na sequência de bases nitrogenadas de determinado gene durante a duplicação da molécula de DNA, pode ser por perda, adição ou substituição de nucleotídeos.
A permutação é a troca de partes entre cromossomos homólogos, estabelecem-se novas combinações entre os genes, aumentando ainda mais a variedade de tipos de gametas que podem ser produzidos.
A migração pode ser entrada (imigração) ou saída (emigração) de indivíduos em uma população. Oferece a introdução de novos genes em uma população. Por meio destas migrações é estabelecido fluxo gênico, que tende a diminuir as diferenças genéticas entre populações da mesma espécie.
A seleção natural seleciona indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica. Quando se diz mais adaptado está se referindo a probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e deixar descendentes em um determinado ambiente. A seleção natural atua permanentemente sobre todas as populações.
Deriva genética - a alteração na freqüência dos genes é devida ao acaso e não por seleção natural. Catástrofes ambientais são exemplos de deriva genética, em que boa parte de uma população é dizimada, restando poucos indivíduos, com isso os genes desses indivíduos vão compor o novo conjunto gênico da nova população. Um caso particular de deriva genética é o princípio do fundador que se refere ao estabelecimento de uma nova população a partir de poucos indivíduos que emigram de uma população original.
Genética de população
Formulado em 1908 por Hardy e Weinberg diz que “em uma população infinitamente grande em que os cruzamentos ocorrem ao acaso e sobre a qual não há atuação de fatores evolutivos, as freqüências gênicas e genotípicas permanecem constantes ao longo das gerações”. O teorema tem a vantagem de estabelecer um modelo para o comportamento dos genes, podendo assim avaliar se uma população evoluiu.
Anagênese e cladogênese
São dois processos de especiação.
A anagênese compreende os processos pelos quais um caráter surge ou se modifica em uma população ao longo do tempo.
A cladogênese compreende processos responsáveis pela ruptura de coesão original de uma população, ocorre por deriva genética, barreiras geográficas e mutações.
Isolamento geográfico - é um mecanismo de especiação em que uma barreira geográfica como um rio ou uma montanha, separa uma população impedindo a troca de genes.
Isolamento reprodutivo – populações reprodutivamente isoladas.
Os mecanismos de isolamento reprodutivo podem ser pré-zigóticos ou pós-zigóticos.
Os mecanismos de isolamento reprodutivo podem ser pré-zigóticos ou pós-zigóticos.
ADAPTAÇÃO DAS PLANTAS E ANIMAIS PARA A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE
Fato marcante na evolução das plantas:
Evoluíram de algas verdes Chlorophyta, Charophyta.
Evidencias: clorofila a e b e B caroteno, parede celular de celulose, reserva de amido.
Essa combinação de características ocorre apenas nas algas verdes.
Grandes problemas iniciais deveriam ser enfrentados pelas plantas no novo ambiente:
Necessidade de água, meios de evitar a perda de água obtida, condução da água pelo corpo da planta, sustentação.
Modificações no esporófito:
Gametófito sustenta o esporófito
Gametófito reduzido - esporófito.
Sistema radicular:
As primeiras plantas possuíam rizóides, resolveu o problema de obtenção de água e nutrientes, exclusivo das plantas vasculares, fixação e absorção.
Algas possuem rizóides
Como evitar que a água absorvida seja perdida para o ambiente?
Cutícula: camada de cera, à prova d’água, impediu que a água absorvida pela planta fosse perdida para o meio ambiente.
Como trocar os gases necessários à respiração e fotossíntese?
Estômatos- poros especializados, nos caules e folhas. Permitiram a entrada de oxigênio e dióxido de carbono para respiração e fotossíntese das plantas.
Como fazer a água e os nutrientes alcançarem partes do corpo da planta distantes da base?
Sistema condutor- transporte de nutrientes e água, transporte dos alimentos fabricados nos órgãos fotossintetizantes.
Briófitas- pequenas, de ambientes úmidos, briófitas derivadas apresentam sistema condutor, mas análogos ao das plantas vasculares.
Sistema condutor simples – aumento da especialização
Permitiu às plantas terrestres atingirem grandes portes.
Como prover a sustentação do corpo nesse novo ambiente?
A habilidade de sintetizar lignina foi um passo importante para o estabelecimento e colonização do novo ambiente pelas planas terrestres.
Primeiras plantas- Cooksonia caledonica primeira planta a colonizar o ambiente terrestre, período Siluriano ca. 440 milhões de anos.
Rhynia gwynne 420 milhões de anos, período Siluriano médio.
Zosterophyllum 408 milhões de anos período Devoniano.
Psilophyton 395 milhões de anos, período Devoniano inferior.
Horneophyton lignieri
Uma característica importante para o sucesso da conquista do ambiente terrestre foi o desenvolvimento de esporos, que dava proteção, condições de tolerar períodos de seca, assim foi possível uma dispersão pelo vento.
Desidratação – surgimento da epiderme, súber e ritidoma.
Sustentação – caule, raiz, colênquima e esclerênquima.
Nutrição – vasos condutores, raízes, folhas.
Reprodução – esporângios e flores.
Respiração – estômatos, lenticelas e pneumatóforos.
Os vertebrados terrestres apareceram no Devoniano superior e se diversificaram durante o Carbonífero. A origem de Tetrápodes a partir de peixes Sarcopterygii se deu entre o Devoniano médio e superior. Características do crânio, dentes e membros são usadas para inferir sobre essa origem.
O próximo estágio na história dos Tetrápodes foi a irradiação em diferentes linhagens e diferentes tipos ecológicos durante o Paleozóico superior e o Mesozóico.
O ovo amniótico com suas membranas extra-embrionárias típicas é um caráter derivado compartilhado que distingue os não-amniotas dos amniotas. Os primeiros amniotas eram animais pequenos e seu aparecimento coincidiu com a principal irradiação dos insetos terrestres do Carbonífero.
Os invertebrados:
Gastrópodes e artrópodes – de todos os invertebrados terrestres, os que mais tiveram êxito foram os artrópodes, principalmente os insetos. Os gastrópodes possuem envoltórios calcários e são pulmonados. Os artrópodes apresentam exoesqueleto quitinoso e traquéias. O fóssil mais antigo encontrado é de um aracnídeo e data do Siluriano. O primeiro inseto com asas encontrado, data do Carbonífero.
Anfíbios
Devoniano superior – os primeiros anfíbios tinham problemas com a reprodução, retenção de água, respiração e locomoção. Provém de peixes com nadadeiras lobadas com ossos e musculatura interna, bexiga natatória como pulmão (Dipnóicos). Acredita-se que a procura de outros lagos em períodos de estiagem e fuga de predadores tenham conduzido os primeiros anfíbios e também nichos vazios, no período Carbonífero com grandes florestas e abundância de alimento. Os anfíbios tiveram grande desenvolvimento durante o Carbonífero (Ichthyostega) e Permiano, tendo seu declínio no final do Triássico devido a problemas como sua dependência de água para reprodução, pele fina, úmida e permeável aos gases e são amniotas. Com isso, estes animais não tiveram uma grande irradiação adaptativa.
Répteis
Surgem no Carbonífero superior com grande irradiação adaptativa no Permiano. Possuíam pele com carapaças, escamas e placas córneas, que auxiliam na impermeabilização, permitindo uma proteção contra o atrito durante a locomoção e para evitar que o ambiente seco, o vento e o sol desidratem o corpo. A respiração pulmonar possibilitou a respiração em ambiente gasoso. Apresentavam esqueleto mais forte, com sistema muscular mais complexo e sistema nervoso central mais desenvolvido. O desenvolvimento destes três sistemas possibilitou o equilíbrio e a sustentação do animal em ambiente terrestre. Os répteis possuem uma excreção urinária concentrada, esta adaptação se fez necessária para evitar a perda de grande quantidade de água. Eliminam principalmente ácido úrico, que é menos tóxico que a amônia e a uréia, podendo ser excretado sob forma de cristais insolúveis. A reprodução com fecundação interna, desenvolvimento direto, ovos com casca e anexos embrionários. A cópula pode ocorrer em ambiente aquoso ou terrestre. A desova ocorre no ambiente terrestre e os filhotes saem dos ovos com a forma adulta.
MEIO AMBIENTE E DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
Até meados do século XX, as epidemias eram um fator comum na condição humana. Com o avanço da tecnologia e do conhecimento de varias doenças acreditou-se por um tempo que seria possível a erradicação de doenças infecciosas.
Hoje percebe-se a emergência e re-emergência de determinadas doenças, muitas dessas tem no homem seu principal agente, devido aos avanços na qualidade de vida, aumento da população. O uso excessivo de antibióticos, pesticidas para combater os organismos nocivos é superestimado enquanto se ignora o ambiente, a capacidade de adaptação e evolução de outras espécies.
A emergência de doenças é fator complexo, vários fatores devem ser alterados para sua ocorrência. As atividades humanas são os fatores mais proeminentes envolvidos no aparecimento de novas doenças infecciosas, assim como nas alterações de doenças infecciosas já conhecidas.
Fatores sociais, econômicos, políticos, climáticos, tecnológicos e ambientais determinam o padrão e influenciam a emergência de doenças.
A compreensão da emergência da doença requer olhar para além do organismo, sendo necessário observá-lo como um todo num contexto do ecossistema e da sociedade, uma perspectiva global é essencial.
Doenças emergentes referem-se à doenças cuja incidência entre humanos tem aumentado nas duas últimas décadas ou tende a aumentar no futuro próximo. O termo re-emergente refere-se à doença que estava sob controle e que volta a causar epidemias.
A maioria das infecções parece ser causada por patógenos já presentes no ambiente, que através de favorecimento seletivo, por alterações das condições do seu habitat, tem a oportunidade de infectar uma nova população hospedeira.
A emergência de doenças é frequentemente acompanhada de alterações ecológicas causadas por atividades humanas, tais como praticas inadequadas de agricultura como o uso de sistemas de irrigação primitivos, desmatamentos e construção de barragens, permitindo a proliferação de vetores e hospedeiros reservatórios.
Os movimentos das populações humanas, causados por guerras ou migrações, são frequentemente importantes na emergência de doenças. Em diversas partes do mundo, as condições econômicas encorajam a migração em massa de trabalhadores das áreas rurais para as cidades. Uma vez nas cidades, uma infecção recentemente introduzida pode espalhar-se pela população.
Medidas de saúde pública e saneamento são formas de minimizar a disseminação de infecções, mas não de eliminar totalmente os patógenos, que podem permanecer em reservatórios, e esses patógenos podem re-emergir caso as medidas de controle e prevenção forem interrompidas.
As condições de saúde pública estão atreladas à fatores do meio ambiente, seja em função das relações entre os elementos naturais e o ciclo de vida dos agentes ou das ações antrópicas que facilitam sua proliferação.
A transmissão e a manutenção de uma doença na população humana é resultante do processo interativo entre o agente, o meio e o hospedeiro. O agente é o fator cuja presença é essencial para a ocorrência da doença, pode ser biológico (bactérias, protozoários), nutritivo, químico (medicamento, veneno), físico (fogo, trauma), o hospedeiro é o organismo capaz de ser infectado por um agente e ambiente é o conjunto de fatores bióticos e abióticos que interagem com o hospedeiro e o agente.
O ambiente que interage com o hospedeiro e o agente pode ser classificado em biológico, social e físico.
O meio biológico: inclui reservatórios de infecção, vetores, plantas e animais.
O meio social: organização política e econômica
O meio físico: situação geográfica, recursos hídricos, poluentes, temperatura, umidade, variáveis climáticas.
As doenças infecciosas podem ser classificadas de acordo com a forma de disseminação, ciclo dos agentes infecciosos na natureza.
A forma de disseminação pode ser:
- Veículo comum, onde o agente é transmitido por fonte única, como água, alimentos e ar.
-Propagação de pessoa a pessoa – contato entre indivíduos infectados e suscetíveis ou por vetores.
-Porta de entrada no hospedeiro – trato respiratório, gastrintestinal, cutâneo.
Ciclo dos agentes infecciosos:
- O agente utiliza um único hospedeiro e este passa a doença para outro.
- O agente utiliza mais de um hospedeiro, e usa a cadeia alimentar para completar seu ciclo.
Os parasitos que usam um único hospedeiro podem usar estratégias como cistos para alcançar o hospedeiro, podem ser passados de um hospedeiro a outro por secreções, água e alimentos contaminados.
A ecologia e o comportamento do parasito são importantes para que complete seu ciclo. A infecção pode ser:
-Ativa: penetração dos estágios infectantes pela pele do hospedeiro.
-Passiva: pela ingestão de formas encistadas juntamente com alimento e água.
A dispersão das formas infectantes para fora ou dentro da área populacional. As estratégias de dispersão podem ocorrer de duas formas:
-Estratégia r: o parasito investe em uma dispersão no espaço, assim o parasito coloca muitos ovos pequenos. Essa forma de dispersão ocorre em locais onde a ocorrência do hospedeiro é pequena.
-Estratégia k: o parasito investe em uma dispersão no tempo, assim os ovos são poucos e grandes. São encontrados em ambientes de grande densidade populacional, onde ocorre grande competição entre os estágios.
Nos parasitos que tem formas que ficam no ambiente, o comportamento das mesmas é importante para o sucesso da espécie. Assim, as formas chamadas de vida livre, que são estágios de larva, não se alimentam, tem reserva energética, alguns estágios possuem grande atividade (cruzador), onde os parasitos buscam os hospedeiros com baixa movimentação, por exemplo, Schistosoma mansoni, que utiliza essa estratégia para buscar o hospedeiro intermediário. Outros parasitos são completamente passivos (emboscador), esta estratégia é usada para formas que infectam hospedeiros que se movimentam ativamente, por exemplo, Ascaris lumbricoides.
Os estágios de resistência são usados pelos parasitos como uma forma de dar continuidade ao ciclo, estes estágios podem ser ovos, cistos, oocistos ou estágios larvais.
Outras estratégias usadas para aumentar as chances de localização do hospedeiro são:
-emergência rítmica: o tempo de emergência ou eclosão dos estágios infectantes pode coincidir com um período no comportamento do hospedeiro em que este pode estar mais vulnerável ao parasito.
-comportamentos especiais de estágios infectantes como fototaxia, geotaxia, respostas a sombra e perturbações mecânicas.
O reconhecimento do hospedeiro é feito por:
-quimiorientação
-quimiotaxia: orientação direcionada num gradiente de estímulos.
-quimiocliocinese: movimentos aleatórios a uma fonte de estimulo.
BIOTECNOLOGIA: ORGANISMOS TRANSGÊNICOS.
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Hoje estão disponíveis métodos para se manipular o DNA eucariótico em vetores microbianos, mudar pares de bases específicos em um gene e reintroduzir o DNA em organismo eucarionte de onde ele veio. A biotecnologia é a aplicação das técnicas de DNA recombinante aos animais, plantas e microrganismos, comercialmente importantes. Os organismos transgênicos modificados pela inserção de DNA exógeno específico passaram a ter um lugar central na genética molecular, pois permitem modificações altamente específicas no genoma, ajustáveis às necessidades do pesquisador.
A terapia gênica humana é uma aplicação especial da tecnologia transgênica, a terapia germinativa objetiva incorporar algumas células transgênicas a linhagem original de modo que ela pode ser passada para os descendentes e a terapia somática introduz células geneticamente modificadas ao corpo.
A biotecnologia é o estudo das técnicas e dos processos biológicos associados a obtenção de produtos de interesse humano, através da modificação de organismos.
O uso da biotecnologia pelo homem era feita antes mesmo de conhecer os microrganismos. A confecção de pão e a produção de vinho são exemplos do uso de microrganismos para fabricação de alimentos. O conhecimento dos organismos e o aperfeiçoamento de técnicas auxiliaram o homem no desenvolvimento de produtos agropecuários e farmacêuticos.
O DNA recombinante é hoje uma das tecnologias mais estudadas, através de enzimas de restrição é possível seccionar o DNA em pontos específicos e inserir o DNA de outro organismo, formando assim um DNA recombinante, ou seja, um DNA resultante da “soldagem” de materiais genéticos de seres de diferentes espécies.
A enzima de restrição é uma enzima produzida por algumas bactérias para defesa contra vírus, fragmentando o material genético do vírus.
O geneticista Paul Berg, em 1970, desenvolveu essa técnica, valendo-lhe o Nobel de química em 1980.
No processo de obtenção de DNA recombinante as bactérias Escherichia coli são as mais usadas, essa bactéria possui além do DNA cromossômico, moléculas menores de DNA chamadas plasmídeos. Estes são isolados e seccionados com enzimas de restrição e em seguida ocorre a inserção de um DNA “estrangeiro” no plasmídeo, formando o DNA recombinante que é então inserido em uma bactéria e esta passa a produzir determinada substancia desejada.
As bactérias geneticamente modificadas tem sido muito utilizadas para a produção de vacinas, anticorpos e hormônios de interesse para o homem.
Os seres transgênicos são aqueles que recebem e incorporam genes “estrangeiros” no seu material genético. Hoje não só bactérias são modificadas, mas também plantas e fungos são usadas para estudo do DNA recombinante.
As plantas transgênicas são cultivadas e comercializadas trazendo alguns benefícios como serem mais resistentes a pragas, reduzindo o uso de produtos químicos, reduzindo a contaminação do solo e lençóis freáticos, aumento da produtividade agrícola.
Tem-se questionado o uso de alimentos transgênicos devido ao pouco conhecimento do mesmo relacionado ao efeito em nosso organismo, como também o impacto ambiental que pode ser gerado.
A aplicação de transgênicos vai alem da produção de substancias produzidas para uso farmacêutico. A terapia gênica é outra técnica usada com o beneficio do DNA recombinante.
A terapia gênica consiste em eliminar genes deletérios ou inserir genes normais em células de pessoas portadoras de genes responsáveis por determinadas doenças.
Em 2001, cientistas norte-americanos anunciaram a produção do primeiro primata transgênico. Outros animais já foram produzidos como roedores, cabras, porcos e ovelhas, mas o sucesso da produção de um primata vem do fato de ser um animal mais aparentado com o homem, tornando possível o desenvolvimento de genes humanos em outros primatas possibilitando o estudo de doenças como Alzheimer e Parkinson.
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